Ele chegou e arrasou. Você provavelmente já está usando, a sua família está usando, os seus amigos… Após 3 meses do lançamento da ferramenta, analisamos todos os dados do PIX!
Contexto:
On fire. Bombando. Arrebentando a boca do balão. Você escolhe qual expressão usar, mas o fato é que o PIX tá arrasando.
Superando as expectativas mais otimistas que os executivos do Banco Central tinham sobre a nova ferramenta, o PIX tornou-se a segunda palavra estranha com três letras que o brasileiro mais conhece: a primeira é o ZAP, imbatível.
Com recentes 3 meses de operação oficial completados em 16 de fevereiro, o novo método de pagamento/transferência já foi utilizado, pasme, mais de 140 milhões de vezes. E esses dados são apenas de 2020. Jornais e blogs sobre finanças – incluindo o nosso – ficaram super animados durante os anúncios de lançamento e hoje estamos contentes de que as expectativas estão condizentes com a realidade.
O PIX:
Se você ainda não está íntimo da ferramenta, ou se conhece o PIX só de vista, saiba que é hora de se enturmar (caso queira uma análise mais minuciosa sobre o PIX, recomendamos que clique aqui).
Concebido como uma alternativa às formas de transferência e pagamento convencionais, o PIX surgiu ofertando transferências de valores em tempo real, 24 horas por dia, sete dias por semana e em todos os dias do ano. Pense na última segunda-feira (15/02), quando o Carnaval já não era realidade para muitos brasileiros, mas você se perguntava se os bancos estavam funcionando (eles não estavam). Uma transferência ou pagamento pelo PIX resolveria qualquer problema, e sem taxas.
E essa facilidade atraiu os brasileiros: a última divulgação do Banco Central informou que já são 159 milhões de chaves cadastradas no PIX.
A aceitação:
Que o brasileiro adora inovação tecnológica não é surpresa pra ninguém, vide Orkut, Facebook, Whatsapp, Uber e tantos outros. Essencialmente, somos duas coisas: early adopters e heavy users.
E o PIX prova isso, mais uma vez. Ainda no apagar das luzes do melancólico 2020, já somávamos 130 milhões de chaves cadastradas. E sabe o que é mais interessante? Das chaves cadastradas até o fim do ano passado, grande parte delas eram de chaves aleatórias – 35 milhões, aproximadamente. Isso demonstra que uma boa parte dos usuários do PIX também estão preocupados com sua segurança digital, assunto tão importante hoje em dia.
O PIX é um sucesso de público e de mídia. Os usuários estão satisfeitos, tem confiança na ferramenta e andaram se informando mais sobre o assunto. Fonte: Toluna/FGV
Você também ficaria surpreso em saber a quantidade enorme de transações que estão rolando no PIX. Atualmente, o grande destaque está nas transações entre pessoas – P2P, que já ocorreram mais de 130 milhões de vezes. As transações comerciais, entre pessoas e empresas – P2B, foram registradas mais de 9 milhões de vezes e ainda está engatinhando, mas possui grande potencial de crescimento. E essa disparidade entre os dois tipos de transações também pode estar ligado à uma maior segurança dos brasileiros na hora de fazer um PIX. Vamos entender melhor?
Devido às normas elaboradas pelo Banco Central serem recentes, ainda existem dúvidas sobre os problemas que podem ser gerados durante a operação diária da nova ferramenta. Por exemplo, já ressaltamos em alguns momentos a importância de se conferir os dados antes de confirmar uma transação pelo PIX. Essa necessidade é tão somente uma forma de se evitar o imbróglio que pode se tornar uma transação errada, visto que o banco não é o responsável final pelas transações.
Resumindo, se você enviar uma grande quantia para um usuário errado, a responsabilidade de devolver os valores é tão somente de quem recebeu, o que pode gerar uma enorme dor de cabeça. Tal receio acaba evitando que os usuários transfiram valores mais altos pela ferramenta, optando pelos conhecidos TED/DOC/Boleto para transferências consideráveis, o que é de fato recomendado atualmente.
Mas as vicissitudes do PIX não frearam a sua aceitação e repercussão. Por exemplo, se você acha que somente os jovens millenials estão utilizando a ferramenta, se enganou. Bom, os millenials são maioria, sim, e correspondem por 35% das transações efetuadas em 2020. Entretanto, 17% das transações foram efetuadas por indivíduos entre 40 e 49 anos e outros 8% por pessoas entre 50 e 59! Sim, a sua mãe já está no PIX e não tem nenhum problema nisso…
A não ser que você esteja utilizando o PIX para paquerar.
Se ainda tínhamos dúvida sobre a aceitação da nova forma de pagamento e transferências, a descoberta de que o PIX estava sendo utilizado como forma de paquera pelos jovens mostra que a relação é verdadeira. Aliás, é importante ressaltar que essa tendência não é legal e vai contra as medidas de segurança que os brasileiros vinham tomando com o PIX, como o cadastro de chaves aleatórias e a transferência de valores menores. Expor os dados do PIX para paquerar é uma atitude perigosa, que pode levar a roubos de dados no futuro. Fique atento!
Conclusão:
O PIX é um sucesso e ninguém discute. Entretanto, alguns detalhes precisam ser trabalhados, como a busca por uma maior aceitação da ferramenta pelos comerciantes e as “modas” perigosas que podem ameaçar a boa utilização da ferramenta. O novo sistema tem tudo para ser utilizado em larga escala, tanto por Pessoas Físicas quanto Jurídicas, e nos libertar um pouquinho das antigas amarras bancárias que já discutimos tanto.taremos atentos a eles!