Quando vamos iniciar uma discussão sobre finanças, um assunto sempre está na pauta: a diferenciação entre o que pertence à empresa e o que pertence ao empreendedor. Geralmente, a dúvida é se devemos ou não separar as contas da pessoa física e da pessoa jurídica. Você já escutou algo sobre isso? Pois saiba que é um erro muito comum!
A diferenciação entre as personalidades física e jurídica faz parte dos pilares do exercício da contabilidade. Sem o Princípio da Entidade – um dos 6 princípios da contabilidade – o que pertence ao indivíduo seria tratado de forma semelhante ao que pertence à empresa, e isso não seria correto.
Entretanto, é compreensível que a falta de diferenciação ocorra em um primeiro momento. A dúvida que surge, na maioria das vezes, é: “se o CNPJ está registrado em meu nome, e se a Razão Social da empresa também está registrada com o meu nome, porque os ganhos não seriam meus?”
Diferenciando as receitas
A resposta para a pergunta anterior é simples: a receita organizacional (ganhos) são referentes à atividade econômica produzida, ofertada e comercializada pela empresa, e não pelo empreendedor. A entidade empresa é compreendida como o meio que o empreendedor utiliza para a realização do seu trabalho, e, por mais que ela leve o seu nome, a empresa possui obrigações que são distintas das obrigações do indivíduo.
Vamos usar um exemplo bem prático?
Para um empreendedor que seja sócio de uma organização, em caso de necessidade, deverá ser mencionada na declaração anual de imposto de renda a sua participação em uma empresa.
Isso deve-se ao fato de que, ao passo que a organização deverá ter registrado todas as suas receitas e despesas – identificadas através das Notas Fiscais emitidas e recebidas – a Pessoa Física deverá registrar os seus ganhos (salários, pró-labore, ganhos de capital, etc.), assim como suas despesas, para efeitos de dedução (despesas com saúde, educação, entre outras). Caso essas contas se misturem, uma inconsistência será gerada e o empreendedor – e a empresa – de nosso exemplo estarão sujeitos a passarem por uma auditoria dos órgãos governamentais competentes.
Portanto, resgates no caixa empresarial para cobrir despesas pessoais, por exemplo, podem gerar um ciclo vicioso difícil de ser encerrado! Uma vez que a saúde financeira da empresa está comprometida por gastos pessoais, ela (a empresa) poderá ficar sem condições de honrar seus próprios compromissos, como o pagamento de salários, fornecedores, investimentos e tributação.
Mas… o inverso também ocorre! Da mesma forma, não é saudável para o empreendedor que as contas empresariais estejam positivas se ele (o empreendedor) não é remunerado de forma justa.
Para combater esse tipo de problema, comum nas empresas brasileiras, é necessário muita informação e planejamento!
Como se planejar?
Informação e planejamento são dois temas muito importantes no mundo empresarial, e mais ainda para as pequenas empresas brasileiras.
No geral, as empresas brasileiras não fazem registros de seus números, deixando de lado todos os benefícios que poderiam ser gerados a partir desses dados. Os dados podem ser utilizados, por exemplo, na criação de um planejamento financeiro para evitar que problemas nas contas físicas e jurídicas ocorram!
Para isso, você pode contar com uma assessoria financeira e deixar o processo financeir da sua empresa mais prático e seguro.
Assista ao vídeo a seguir e veja as principais diferenças entre a Pessoa Física e a Pessoa Jurídica!