PIX: o que é e como funciona

oje vamos falar do PIX, o novo sistema de pagamentos proposto pelo Banco Central. Já imaginou transferir seu dinheiro ou pagar um serviço de forma instantânea, a qualquer hora em qualquer dia da semana? Com o PIX, isso será possível!

Contexto:

O PIX é a nova forma de pagamentos instantâneos proposta pelo Banco Central. E quando falamos de pagamentos instantâneos, estamos falando de transferências de dinheiro em tempo real, 24 horas por dia, sete dias por semana, todos os dias do ano, sem intermediários! Confuso? É simples! Imagine que você poderá transferir a sua parte da pizza para seu amigo, de qualquer banco para outro, e ele receberá na mesma hora. Sem taxas. Para os lojistas, o Banco Central estima que o custo será de alguns centavos por uma dezena de transações.

Justamente devido à velocidade e custo baixo, é possível que se você não sabe a diferença entre DOC e TED até hoje, não vai mais precisar saber. O PIX promete ser, além de mais barato que as transações citadas acima, mais conveniente, uma vez que você não irá precisar digitar toooodos aqueles dados da pessoa (ou empresa) para enviar o seu dinheirinho. A transação promete ocorrer com chaves individuais – que poderão ser acessadas apenas por algumas informações, como apelidos – e QR Codes (fixos ou gerados unicamente para aquela transação). O projeto, que vem sendo discutido desde 2013, estará disponível para funcionamento na segunda quinzena de novembro. O cadastramento das chaves, através de telefone, CPF/CNPJ e e-mail começará em 05 de outubro.

E o acesso ao serviço promete ser facilitado. Como um dos objetivos do PIX é promover a inclusão financeira – que se provou tão importante durante a pandemia -, instituições financeiras e de pagamentos com mais de 500 mil contas ativas serão obrigadas a participar do PIX. Então, se você é lojista, imagine um mundo sem ter de pagar as taxas das maquininhas ou taxas para emissão de boletos, recebendo seu dinheiro na hora. E se você for apenas um jovem consumidor, imagine não ter de pagar mais taxas por transferências e nem guardar dinheiro físico (sai pra lá nota de R$ 200,00).
 
Importante lembrar que o PIX não será uma operação de crédito. Ou seja, não será como o cartão de crédito atual, onde as compras efetuadas são cobradas em uma fatura cumulativa no futuro.

Mas é só isso? Claro que não! Separamos 3 pontos para ficarmos de olho quando o PIX for lançado e aproveitarmos ao máximo essa nova ferramenta em nossa vida financeira.

Um apanhado geral das diferenças entre o PIX e outros meios de pagamento/transferência
Fonte: Banco CentralExame e G1

 

1 – Mudanças na gestão de caixa

O PIX será uma facilidade (ou alívio) para os empreendedores. A transação em tempo real através da ferramenta poderá mudar completamente o prazo de recebimento de um empreendimento. As vendas à vista poderão ganhar sobrevida e disputar espaço com as operações à prazo, alterando a dinâmica do fluxo de caixa.

A opção do PIX para lojistas prevê um QR Code único para o estabelecimento, onde será possível compartilhar com os clientes e ter o seu pagamento pelo produto ou serviço de forma ágil, em qualquer hora do dia e também aos fins de semana. Com o dinheiro em mãos rapidamente, essa mudança poderá abrir novas oportunidades de investimentos para os empreendedores, inaugurando também novos desafios para um gasto consciente desses valores.

2 – Atenção ao controle financeiro!

E será uma tentação para os consumidores. A facilidade e velocidade para efetuar um pagamento pode ser tamanha que será difícil não comprar aquela roupa… aquele açaí… aquele game…

É importante nos atentarmos para a “síndrome do cartão de crédito” também para o PIX. O fato de não visualizarmos o dinheiro sendo gasto, tende a nos deixar mais confortáveis em comprar e comprar. Além disso, com o processo de confirmação de pagamento agilizado, um usuário que antes optava pelo boleto em um e-commerce tende a receber seus pedidos mais rápido. Será preciso muito controle!

3 – Segurança, sempre!

O PIX chegará tendo a segurança como um de seus alicerces. Entretanto, a criatividade dos fraudadores é enorme e devemos ficar atentos às novas formas que os truques dessas pessoas irão tomar.

Com a operação feita 100% via celular, imagine que será possível os criminosos terem acesso ao QR Code de uma loja e desviarem pagamentos que deveriam chegar até a conta do lojista. Por isso, apesar do sistema inovador, é sempre bom ficar de olho nas questões de segurança digital. Por exemplo, como anda a situação do antivírus no seu celular?

Conclusão

Devido às suas qualidades, o PIX tende a ser uma forma de transação popular. Poder contar com o dinheiro na hora, em qualquer momento e à baixo custo será uma boa experiência. Além disso, a forma como a ferramenta irá operar através dos códigos de informações de pessoa poderá iniciar um ciclo positivo de inovações dentro das instituições financeiras e fintechs.

Entretanto, não podemos deixar que a inovação modifique nossos hábitos financeiros a ponto de gastarmos mais (de forma trivial), ou baixarmos a guarda quanto à nossa segurança digital. A inauguração do PIX em novembro tende a trazer benefícios para empreendedores e consumidores, mas quando o assunto é dinheiro, prudência é fundamental.

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